A aliança, apesar do esforço e das “boas intenções” do vice-governador, já mostra sinais de que o futuro pode se tornar uma ameaça letal, semelhante a um ovo de cobra prestes a eclodir.
No reino da política, alianças são como jogos complexos de xadrez, onde cada movimento precisa ser calculado meticulosamente. Contudo, algumas jogadas são traiçoeiras. A decisão do vice-governador Laurez Moreira de alinhar-se com Wanderlei Barbosa, então candidato a governador, exemplifica essa perigosa estratégia. Podemos ilustrar isso pela metáfora: “o passarinho está chocando ovo de cobra.”
O principal motivo em questão foi a exoneração dos três aliados do vice-governador Laurez Moreira (PDT) pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Esses atos do governador apontam diretamente para 2026. Rompido com o vice, como Wanderlei renunciaria daqui a dois anos para concorrer ao Senado? Wanderlei garantiu que cumprirá o mandato até o final, em dezembro de 2026. No meio político, muitos não acreditam. No entanto, drumonianamente, no caminho de uma possível renúncia há Laurez, há Laurez no meio do caminho.
Quando Laurez Moreira decidiu apoiar Wanderlei Barbosa, ele, como um passarinho, tomou sob suas asas um ovo que parecia promissor. No entanto, esse ovo não era de um companheiro confiável, mas de uma serpente disfarçada. O resultado dessa aliança já mostra sinais de que, apesar do trabalho árduo e das “boas intenções” do vice-governador, o futuro se assemelha a um ovo de cobra, pronto para se transformar em uma ameaça letal.
O histórico de Laurez Moreira em trair seus aliados é bem conhecido. Em 2012, ele preferiu outro candidato a prefeito de Palmas em vez de Wanderlei Barbosa, criando uma ferida que nunca cicatrizou completamente. Agora, ao aliar-se com Wanderlei, Laurez talvez acreditasse que os tempos difíceis estavam esquecidos e que ele poderia reconstruir essa relação.
Porém, Wanderlei Barbosa, com sua astúcia política e habilidade de manipulação, personifica a cobra que, uma vez fora do ovo, revelará sua verdadeira natureza. Laurez Moreira, o diligente passarinho, pode até conseguir fazer um belo trabalho, cuidando com zelo e dedicação da aliança. Porém, inevitavelmente, o ovo que ele choca não trará um aliado, mas um predador.
Assim, ao alinhar-se com os Abreu na intenção de derrubar Wanderlei Barbosa, Laurez deu um tiro no próprio pé. Consequentemente, sua estratégia, visando tomar o poder, acabou fortalecendo ainda mais a posição de Barbosa, resultando na exoneração de seus próprios aliados e, potencialmente, pavimentando o caminho para sua própria queda. Entretanto, a tragédia dessa história política reside no fato de que, apesar das “boas intenções” e do empenho de Laurez Moreira, ele estará nutrindo uma criatura que não hesitará em atacá-lo.
A cobra, uma vez madura, não reconhecerá a proteção e os cuidados do passarinho; em vez disso, ela verá uma oportunidade de se afirmar, muitas vezes à custa de quem a ajudou. Portanto, Laurez Moreira deve estar ciente das repercussões de suas escolhas. Em política, como na natureza, nem todos os ovos são iguais, e nem todas as alianças são seguras. A habilidade de discernir as verdadeiras intenções dos aliados é essencial para evitar ser vítima de sua própria criação.
Em última análise, Laurez Moreira corre o risco de ser sufocado pela serpente que ele mesmo ajudou a trazer à vida. A sabedoria popular, então, ecoa com uma clareza incontestável: “o passarinho que choca ovo de cobra corre o risco de perecer pelo próprio veneno.”