A imperfeição da operação apresenta desafios adicionais para as equipes do Dnit e do consórcio na limpeza da área e do Rio Tocantins, exigindo mais tempo e recursos, atrasando o cronograma.

Aguiarnópolis -TO/Estreito -MA – Um pouco mais de um mês após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que liga as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, uma operação de implosão foi realizada neste domingo (2) para eliminar a estrutura remanescente. No entanto, essa ação, coordenada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), não atingiu seu objetivo principal.

A implosão, que ocorreu por volta das 14h e durou apenas alguns segundos, empregou a técnica de fogo controlado, utilizando calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados. Apesar de 250 quilos de explosivos terem sido utilizados e de aproximadamente 14 mil toneladas de concreto terem sido destruídas, parte da ponte ainda permaneceu de pé, o que complicará o início da construção da nova estrutura.

Com a imperfeição da operação, as equipes do Dnit e do consórcio contratado terão um desafio adicional na limpeza da área e do Rio Tocantins. Embora os detritos da implosão não sejam considerados poluentes, a situação requer mais tempo e recursos, atrasando ainda mais o cronograma.

O diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Fábio Nunes, havia afirmado que o prazo para reconstrução da ponte é de um ano, com término previsto para dezembro de 2025. Entretanto, essa promessa agora parece incerta, dada a situação não resolvida da estrutura remanescente.

O desabamento da ponte, que ocorreu no dia 22 de dezembro do ano passado, resultou na morte de 14 pessoas, com três ainda desaparecidas. Além da tragédia humana, o acidente causou uma significativa desaceleração na atividade econômica da região, dependente do transporte rodoviário de cargas na BR-226, especialmente para o escoamento da produção de milho e soja de estados como Mato Grosso, Pará, Tocantins e Piauí. A ineficácia da implosão é um novo golpe para um local que já enfrenta enormes desafios.

Redação