SSP-TO e MP alinham ações para proteção de mulheres vítimas de violência no Estado - Foto: Sara Cardoso - Dicom-SSP-TO

Conforme enfatizado pelos participantes da reunião, transformar discursos em ações efetivas é imperativo para que o Tocantins possa, de fato, servir de modelo para outras regiões do país, demonstrando que as soluções mais eficazes preservam a tradição sem renunciar à inovação.

Palmas-TO – Em uma ação que alia tradição a uma perspectiva inovadora, o Tocantins decidiu pôr fim a discursos vazios. Na última terça-feira (25), o Secretário de Segurança Pública, Bruno Azevedo, reuniu-se com a Promotora Munique Teixeira Vaz, coordenadora do Núcleo Maria da Penha do MPTO, juntamente com representantes da Polícia Civil e da Escola Superior de Polícia, para debater, de forma direta, a necessidade de integrar esforços no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher.

Integração de Instituições Tradicionais
O encontro evidenciou que o combate à violência de gênero não pode permanecer fundamentado em métodos antiquados e isolados. O Secretário Bruno Azevedo reafirmou, de maneira inequívoca, que a proteção à vida constitui prioridade para a Secretaria de Segurança Pública, enquanto a Promotora Munique Teixeira Vaz enfatizou a indispensabilidade da cooperação interinstitucional, ressaltando que “não basta adotar uma abordagem exclusivamente repressiva; é imperativo implementar medidas de prevenção, oferecer apoio psicossocial e assegurar a celeridade dos processos.”

Um Passo Relevante, mas Apenas o Início
A estratégia delineada transcende ajustes pontuais no atendimento policial. Entre as medidas propostas, destacam-se a reestruturação das delegacias, a análise criteriosa dos dados referentes a crimes – tais como lesão corporal e feminicídio – e, sobretudo, a capacitação dos agentes para proporcionar um atendimento mais humanizado e eficaz. A excelência no primeiro contato com a vítima pode, de fato, aumentar significativamente a probabilidade de denúncias e a continuidade dos processos judiciais.

O Legado das Leis e os Desafios na Prática
Embora a promulgação da Lei Maria da Penha (2006) e a tipificação do feminicídio (2015) representem marcos históricos na luta contra a violência de gênero, a realidade evidencia que persistem desafios relevantes. A subnotificação dos casos, a morosidade nas investigações e as fragilidades na rede de apoio constituem obstáculos que demandam soluções concretas.

Conforme enfatizado pelos participantes da reunião, transformar discursos em ações efetivas é imperativo para que o Tocantins possa, de fato, servir de modelo para outras regiões do país, demonstrando que as soluções mais eficazes preservam a tradição sem renunciar à inovação.

A Sociedade Exige Resultados Concretos
Não há espaço para medidas parciais. É imprescindível investir em campanhas educativas, ampliar o número de casas-abrigo e, sobretudo, garantir a efetiva aplicação das medidas protetivas. O desafio consiste em converter o entusiasmo das reuniões em práticas cotidianas que assegurem a proteção das vítimas. Quando se trata da violência contra a mulher, a sociedade não admite justificativas: o que está em risco são vidas, e a integração entre as instituições pode representar o divisor de águas.

Essa iniciativa demonstra que, mesmo valorizando métodos consagrados pela tradição, há espaço para projetar o futuro com determinação e inovação. O verdadeiro teste consiste em implementar as estratégias delineadas e ajustar as rotas sempre que necessário, a fim de que o combate à violência se torne uma realidade concreta e eficaz para todas as mulheres.

Fonte: Dicom/SSP-TO

Redação