Operação Moiras, foto: Internet/cs.srto/PF

A investigação tem por objeto identificar todas as pessoas que participaram das supostas ações criminosas, colher elementos probatórios suficientes para a comprovação dos fatos e a recuperação dos recursos supostamente desviados.

Investigação sobre Corrupção e Lavagem de Dinheiro

Nesta sexta-feira, 24 de maio de 2024, a Polícia Federal lançou a Operação Moiras, com o objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro no Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (PREVIPALMAS). A ação busca esclarecer o envolvimento de empresários, servidores públicos e agentes políticos em um esquema que pode ter causado um prejuízo de R$ 74.433.036,70.

Mandados de Busca e Apreensão

Policiais federais cumprem 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas/TO, Araguaína/TO, Paraíso do Tocantins/TO, Monte do Carmo/TO, São Paulo/SP, Piracicaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, Petrópolis/RJ, João Pessoa/PB, Oiapoque/AP e Santo Antônio de Goiás/GO. Esses mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins.

Investigação de Fundos Sem Liquidez

A investigação apura suspeitas de direcionamento e conluio entre empresários, servidores públicos e agentes políticos, que teriam feito o PREVIPALMAS investir R$ 50 milhões em fundos sem liquidez, conhecidos como “fundos podres”. Esta ação resultou em um potencial prejuízo de R$ 74.433.036,70 (setenta e quatro milhões quatrocentos e trinta e mil e setenta centavos).

Objetivos da Operação

A operação visa identificar todos os envolvidos nas supostas ações criminosas, coletar provas suficientes para comprovar os fatos e recuperar os recursos desviados. Além disso, a Polícia Federal busca cumprir a determinação da Justiça Federal de sequestrar bens dos envolvidos até o valor do prejuízo estimado.

Possíveis Consequências Legais

Se as provas forem suficientes, os suspeitos poderão ser indiciados pela Polícia Federal e responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 46 anos de reclusão. Além disso, o Poder Judiciário poderá decretar a perda de bens e valores para reparar os danos causados pelas infrações penais.

Nome da Operação

A operação foi batizada de “Moiras”, em referência às três irmãs da mitologia grega que determinavam o destino dos deuses e seres humanos. O nome simboliza a suposta ingerência dos envolvidos sobre o futuro dos beneficiários do PREVIPALMAS, uma vez que há indícios de apropriação indevida de R$ 50 milhões das reservas do órgão, comprometendo a previdência social dos servidores públicos de Palmas/TO.

Conclusão

A Operação Moiras1 representa um passo importante na luta contra a corrupção e a má gestão dos recursos públicos. A Polícia Federal continua a investigar o caso com rigor, buscando justiça e a recuperação dos valores desviados, com o objetivo de proteger os direitos dos servidores públicos do município de Palmas/TO.

1 As Moiras, na mitologia grega, são três irmãs que controlam o destino de deuses e humanos. Elas produzem, tecem e cortam o fio da vida, usando a Roda da Fortuna para determinar a sorte das pessoas. Pertencem à primeira geração de deuses e têm autoridade sobre todos, inclusive outros deuses. São relacionadas a divindades de justiça e vingança, como Têmis, Nêmesis e as Erínias.

Fonte:Comunicação Social/PF–Tocantins

Perques Leonel